sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Mas que símbolo:)

Evo Morales, presidente da Bolívia, propõe folha de coca como símbolo de dignidade, identidade e diversidade cultural.

Ligada à cultura ancestral dos povos andinos e consumida há milénios, ela tem propriedades alimentares e farmacêuticas reconhecidas em inúmeros estudos científicos. Mas o preconceito, as politicas toscas de combate às drogas e as pressões dos EUA querem mantê-la proibida.

Utilizada como anestésico local em cirurgia oftalmológica e também para o tratamento de doenças como a tuberculose ou a asma, a cocaína foi um grande medicamento da farmacopéia moderna até 1923.
Em 1858, suas propriedades anestésicas e analgésicas levaram-na ao pináculo da ciência médica com a descoberta da cocaína, que representa menos de 1% dos quatorze alcalóides que podem ser extraídos da folha da coca. Utilizada como anestésico local em cirurgia oftalmológica e também para o tratamento de doenças respiratórias, como a tuberculose ou a asma , ela foi um grande medicamento da farmacopéia moderna até 1923, quando o bioquímico alemão Richard Willstatter criou a molécula sintética.
A folha de coca perdeu então as graças do mundo ocidental. Pior ainda. Passou a ser considerada responsável pela dependência de milhões de consumidores no mundo inteiro. Por solicitação do representante peruano na Organização das Nações Unidas (ONU), em 1959 uma comissão efetuou uma visita relâmpago ao Peru e à Bolívia para “investigar os efeitos da mastigação da folha de coca e as possibilidades de limitar sua produção e controlar a distribuição”. Com uma agenda dessas, era óbvio que havia um pré-julgamento sobre efeitos nocivos da folha, tanto para o consumidor quanto para a nação produtora. Em conclusões apressadas, a comissão acusou a mastigação da coca de provocar má-nutrição e “efeitos indesejáveis de caráter intelectual e mental”nas populações andinas...

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